Aquele sentimento que é a plenitude da beleza, que completa totalmente a alma. Ápice do deleite.
Além da felicidade, apogeu. Íntimo, único e lírico. Máximo, lépido e épico. Eu quero.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Do amor e da paixão

As vezes a intensidade da paixão se mistura com a tranquilidade do amor. Perdem-se os sentidos, tantos sentimentos elevam o mínimo desacordo ao máximo do desentendimento. As vozes são altas, os passos rápidos e a vontade é de sumir.
"Sumir, turbilhão de sensações, confusão, sumir.
Sumir, não pensar, confusão.
Pensar um pouco, talvez sumir.
O quê? Sumir? Nunca.
Voltar."
Em meio à intensidade e a tranquilidade, é preciso calma, é preciso não sumir, não sair e voltar. Quem disse que a paixão e o amor se dão bem? A paixão é egoísta e luta por cada canto no coração. O amor é paciente e sabe esperar. A paixão, afobada, toma a frente e some, confunde, intensifica o insignificante. O amor acalma a paixão, o amor não é orgulhoso e volta atrás. É preciso equilibrar ambos e manter a ordem no coração. Ninguém disse que ia ser fácil. Se fosse, que graça teria?
Ainda bem que te amo e sou apaixonada por ti igualmente, além de qualquer (in)significância.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Simples, assim.

Antiga redação para o cursinho:

Na hora de fazer uma ligação, muitos acabam se atrapalhando com a enorme quantidade de funções que um aparelho celular apresenta nos tempos atuais. A maioria das pessoas está esquecendo a importância da simplicidade das coisas e dos momentos. Fato que acaba trazendo significantes consequências na vida das mesmas.
No mundo altamente tecnológico de hoje, o essencial é estar com a câmera fotográfica ou o celular pronto para capturar várias imagens do pôr-do-sol no Guaíba e depois postá-las na internet. Ao invés de sentar-se confortavelmente e apenas apreciar esses minutos tão especiais até o crepúsculo. Os indivíduos hoje em dia preocupam-se demais com o amanhã e por conseguinte não vivem o agora. Dessa forma, repleta de complexidades e em velocidade máxima, a vida torna-se vazia, por estar muito cheia; sem sentido, por ter muitos significados e extremamente sem brilho e nitidez, por passar muito rápido. Vivendo com tanta veemência, deixa-se passar a melhor forma de aproveitar a vida: com simplicidade.
Portanto, é preciso coincidir a vida turbulhenta com a possibilidade de desfrutar cada instante. Inspirar cada momento, pisar no freio e aproveitar sempre o hoje e o agora. É incrível como viver não é tão complicado como parece. Na realidade é deveras simples, assim.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sobre alguém apaixonante

Então eu vi poesia nos olhos dele. Poesia da minha alma. Ele invadiu por completo minha alma e encontrou seu devido lugar no meu coração. Fez do meu coração poeta, também. Diante de tal fato encontro meus olhos, minha alma e meu coração acanhados de quererem tanto os olhos, a alma e o coração dele. Um bem tão grande, inenarrável, que ele me faz, que eu faço à ele. Tão bom gostar assim, poetizar assim.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Sonho que se sonha junto..

Ela abriu os olhos, esfregou-os com as mãos. Fora um sonho? Olhou em volta. Percebeu a ponte do jardim de Monet na parede, numa reprodução - poster- de algum quadro seu. No chão, somente suas roupas, a capa do dvd "Vicky Cristina Barcelona" aberta ao lado dos seus "all-star" dourados. O sofá ali, vazio. Lembranças vagas e indefinidas daquele sofá vinham-lhe à mente. Teria acontecido? A porta estava fechada, nenhum som vinha do banheiro. Mas ela tinha pensado ter ouvido o som do chuveiro.. não? Estava cansada. Não queria olhar para o lado, outro lado da cama. Tinha sido tão bom. Viu a garrafa de vodka ao lado do sofá. Vodka, então era isso. Desnorteada, ela e suas lembranças começavam a desaparecer. Aos poucos, tomou coragem para virar o rosto. Antes, porém, teve certeza que tinha acontecido, tinha sentido profundamente sua alma, coisa que sonho não faz. Tinha esperança. Esperava encontrar o...Virou o rosto, olhou o outro lado da cama. Estava sozinha. Fora só sonho. Voltou a dormir.


Ele voltou a dormir, tinha sido só sonho, também. Ou não?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Alma Poeta

Sou poeta da minha alma. Minha poesia é a minha vida, pois minha alma sou eu. Escrevo de dentro da alma. O poeta em mim, que não sou eu, me diz, me guia sutilmente pelas linhas do caderno, pelos cantos das palavras. Minha alma é poeta, não eu. Eu sou a visão real da minha alma. Mera e sem graça realidade. Na minha alma o encanto e o surreal escrevem. Descrevem perfeitamente o belo, o deleite puro, o prazer de cada momento. Eu, na minha simples realidade, tento re-escrever o que minha alma diz. Eu, tentando ser poeta como minha alma, fracasso. Mas sigo a tentar, pois a poesia reside dentro de mim. Nasci com a sorte de muitos e de poucos: tenho a alma poeta, sou poeta de alma. (ou quero ser)

Aqueles momentos eternos

Um dia, quando tu menos espera, tu te encontras numa situação à tempos almejada de alguma forma não de fato imaginada. Algo que tu sempre quiseste, que sempre esteve dentro de ti. Um momento teu, um momento teu compartilhado. Um quadro pintado especialmente pra ti. Tu, finalmente, te dás conta da paisagem na tua volta: o rio, o céu, as nuvens, o lugar, a companhia, o sentimento, o frio na barriga, o vento no rosto, o barulho dos pássaros. Cada instante desenhado somente pra ti, como um presente. A felicidade é plena, o sentimento é belo e indescritível. Momentos esses que duram pouco, mas que, ao mesmo tempo, duram pra sempre. Certamente, anos depois, tu te lembrarás daquele curto espaço de tempo em que, felizmente, tiveste aquela sensação maravilhosa, de tudo encaixado perfeitamente pelo destino e pela vontade mútua das coisas ao teu redor. Haverão muitos momentos como este na vida, mas serão poucos comparados à tudo que é vivido.
Portanto, é necessário aproveitar cada instante, absorver por completo a emoção e o calor da hora. Sabe-se lá quando essa sensação amena voltará ou quando aquela companhia e aquele céu estarão juntos novamente. Eu, por sorte do acaso ou do destino, tenho tido essa sensação encantadora ultimamente. Enfim, vivendo momentos eternos instante por instante sempre que possível, desejando mais e mais.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre alguém indizível

"Começou de súbito, a festa estava mesmo ótima.."
Eu, é dito, amo encontros. Uma noite o encontrei, numa festa ótima(?). Nos falamos desde então. Nos vemos? Não. O que ele me passa? Não sei. Então, cá me encontro escrevendo. Ele é uma mistura de alguma sutil prepotência, egocentrismo, ironia e uma expressiva doçura e inteligência. Interessantíssimo, daqueles que tu quer por perto seja por conveniência ou por desejo próprio. Eu disse pra ele que "é alguma coisa muito irritante, mas às avessas, que estranhamente torna suportável até demais..". Com certeza de qualquer coisa, é amizade. Contudo, não por mim e nem por ele, essa amizade parece estar numa linha tênue entre algo que não é nada demais, mas é além, pois há uma peça de roupa envolvida. É como ele uma vez disse, dúbio -tal o texto dele, tal o que temos, tal o que aqui escrevo-. É válido constatar que falta muita coisa, pois são só letras verdes o que ele vê. Falta o olho no olho, sair do uso constante só das palavras. O que ele pensa? Essa pergunta certamente garante divagações bem significantes da minha parte.
Já eu, que nem sei ao certo o que penso, me atrevo a exprimir uma vaga(ou não) curiosidade sobre o que esse douto alguém ainda me fará pensar/sentir/ser. Ele perguntou "qual é o peso de uma palavra escrita se tudo que posso esperar de resposta é outra de volta?" Eu respondo com esse texto e com a espera de que essa afinidade pós-moderna recém-nascida evolua com veêmecia e seja, de fato, lépida.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sonho de ser a vida ou Ser um sonho de vida ou Viver sendo sonho

A vida sonhada,
ser como sonho,
viver para ser,
sonhar com a vida,

Viver o sonho. Ser a vida.

sábado, 6 de junho de 2009

REVOLUÇÃO íntima.

Viva la revolución!
Abaixo à eu(mim) mesma! Sim, hoje acordei revolucionária. E a revolução começa agora. O motivo: Ana Elizabeth Soares de Azevedo, vulgo Bebeth, vulgo eu. Ontem eu surtei. Hoje eu pergunto. Quem sou eu? O que me interessa? O que me interessa além dos meus interesses? Por que sufocar as pessoas que amo? Por que amar tanto? Por que se jogar tanto? Por que pensar tanto e, principalmente, por que não pensar quando se tem que pensar? O que eu vejo no espelho? Cadê a identidade? As respostas eu sei e não sei. Eu quero e não quero. Cansei de saber o que procuro escolhendo não procurar. Cansei de procurar demais o que não sei se quero pra mim. É um aperto, uma confusão interior. Eu quero tudo e não quero nada. Eu quero querer alguém, quero ser "querida". Eu quero o que passou. Não somente o que passou pra mim, quero o que é passado. O que já foi. Quero saber realmente o que eu quero. Quero encontros! Quero ser encontrada. Escrevo, porque quero. Escrevo, porque preciso. Falo comigo mesma. Preciso conversar comigo. Preciso querer. Quero precisar. Quero gritar e encontrar o nome daquela música "lalalalaaa lalala dance with me...". Quero dançar ao som daquela música que nem posso escutar! Não quero mais machucar o meu queixo. Quero beijar quem nem pensa em me beijar! Não quero mais ir tanto atrás, dar chance ao acaso. Quero encontrar quem nem tenta me encontrar! Quero fabricar mais encontros casuais. Quero não precisar fabricá-los. Preciso me acalmar. Quero me agitar. Preciso escrever, preciso desabafar. Quero alcançar. Cansei de ser canhota. "Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. "* MAS EU QUERO SER GAUCHE NA VIDA. Sou esquerda, sou canhota. Sou diferente? Sou eu mesma? Sou igual? Quem eu sou? O que eu sou? Tu me conheces? Palavras. Preciso das palavras. Eu quero as palavras. Quero me libertar. De quem? Do que? E a vida? Quero a minha vida. Preciso viver viva. Surpresas. Quero surpreender alguém. Quero ser Amelie Poulain. O que me faz pensar? O que é o pensamento? "Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo."* O que me comove? Penso em me comover? Penso tudo, penso tanto. Nada se encaixa, nada dá certo. Penso e complica. Não penso e piora. É tudo destro e eu sou canhota. Sou gauche. Sou gauche na vida. Seria esse meu destino? Ser errada no mundo. Certa no meu mundo? Qual seria ele? Então essa revolução acabaria? Me encaixaria no meu mundo, no meu canto? Eu seria a favor de mim mesma? Eu quero meu mundo. Preciso do meu mundo. Seria a resposta? Vou em busca. Vou me encontrar. Encontrar o meu lugar, meu mundo.
Se eu encontrá-lo, tu vens comigo?

*Trechos do "Poema de sete faces", C. D. de Andrade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Eles.

Ele não ligou mais uma vez.
Ela, impaciente, perdeu as esperanças, além da noção do tempo.

Eram seis da manhã.
Com um café na mão, foi à praia -deserta no inverno- apreciar o sol que acabara de nascer.
Ele, na cidade, voltava pra casa, bêbado, com uma cerveja na mão, apreciando o sol que acabara de nascer.
Ela, desiludida e com TPM, chorava deitada na areia, revivendo momentos passados.
Ele, chapado, ria deitado no sofá, revivendo momentos passados.
"Como ele pôde?!", pensava ela, acabada, sobre a falta de consideração dele nessa semana. "Como ela pôde?", pensava ele, satisfeito, sobre a atuação dela na cama, semana passada.
Ela, sem pensar, ou por pensar demais, decidira desistir de tudo. Nunca mais pensaria nele. Nunca mais o veria, esqueceria de tudo. Se para ele não significou nada, então, seria o mesmo para ela. Passou a manhã decidindo apagá-lo da memória e passou a tarde dormindo, sonhando com ele.
Ele passou a manhã dormindo, sonhou com futebol e carros. Passou, também, a tarde decidindo ir encontrá-la. Sem pensar, ou por pensar demais, decidira começar tudo, de fato. Aquela noite obviamente significara algo. Temia parecer muito antecipado. Queria vê-la, lembrava de tudo.
Ela tirava conclusões, nervosa e desiludida.
Ele tirava conclusões, tranquilo e calmo.
Ela, na casa da praia, quis jantar uma massa aos 4 queijos, sua única preferida. Cozinhou-a com apreço. Como se fosse a última vez.
Ele, na estrada, pensava em uma massa vermelha ou aos 4 queijos, tanto fazia. Como todas as vezes.

Ela colocou a mesa e ele chegou. Ela, gelada por dentro ao ver sua barba por fazer e seu sorriso que iluminava o mundo, o cumprimentou.
Ele, quente por dentro ao ver seu vestido estampado que contornava suavemente suas formas, a cumprimentou.
"Eai, quanto tempo." "Pois é, tava afim de te ver." "Legal que tu vieste." "É massa aos 4 quejos? Po, to tri com fome." "É, fiz bastante, janta comigo".

Ela tinha milhões de coisas para dizer, chingamentos enormes, sermões intermináveis.
Ele queria se declarar, falar dos sentimentos.

Porém, nada foi dito. Naquela noite ela e ele foram um, mais uma vez. Se amararam como se não houvesse mais nada no mundo. Finalmente se compreenderam. Ela desistiu de esquecê-lo e ele resolveu lembrar cada vez mais.

Eram seis da manhã.
Ela fazia que dormia, ria.
Ele a contemplava e ria.
Sentimento puro que só eles possuem.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bicicleta

Leitor, estou empolgadíssima! Fevereiro vocês verão o porquê.
Uma dica: Bolenas são LOCOS POR TI, AMÉRICA.
Né?
Aquele abraço.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Chuva

Chove chuva. Chuva pensante. Me faz pensar. Desvarios, pensamentos bêbados, vontades irreverentes. Escutar o barulho da chuva, lavando as calçadas, levando tudo pra longe. Levando a seca, o lixo, alimentando as plantas. Água. E em mim? A chuva que cai, também me afeta. Lava a alma, leva os sentimentos rasos pra lá. Fica pra trás o que passou. A chuva manda embora os últimos restos de esperança, da lembrança, da vontade. E amanhã se a chuva parar?Amanhã é outro dia. Novas vontades? Sim. Novos sentimentos que perdurarão até a próxima chuva. Me pergunto quando virão aqueles que permanecerão. Lembranças que a chuva não vai levar embora. Essa espera me mantém viva. Me faz pensar. A chuva e o que fica. A chuva abençoa o que fica. E pra ti, leitor? O que foi embora? O que ficou?

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Encontros.

Me encontra
Que eu te encontro
Vem comigo
Que eu te mostro
Tudo aquilo que tu imaginas de mim
do mundo
da vida
Eu te mostro
Eu te quero
Vem comigo
Me leva
Vamos juntos
Atrás do que nos espera
Me mostra
Eu quero
Me encanta
de novo
Excêntrico encontro
Sem folêgo encontro
Me tira o folêgo
Encontra minha mão
Encontra minha boca
Me encanta
Me encontra

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Poemito para um bairro

Bom Fim

Judeus
Boêmios
e afins

Cronk's
Lancheria
do Parque
Parque Farroupilha
Redenção
Redemption Songs

Bah, tchê
Logo ali
Fernandes
Felipe
Deu pra ti

Ocidente
Oriente Médio
e a gente

Sarau elétrico
Cultura íntima
Amigos bêbados
Cidade baixa próxima
Excitação lívida

Palavraria
Palavra ali
Palavra todo dia

Expresso
Curto
Longo
Carioca

Gremista
Colorado
Ronaldo

Café do Lago
Pedalinho
Pedala Robinho

Liberta a América
Liberta as dores
Assiste a libertadores
no Vermelho 23

Senhor do Bom Fim
Brick, sebo, velharia
sabedoria

Intelecto
Filósofos de boteco
Um teto

Livros, livres, tristes
Vida me olhava e ria
Lia

Inicia na Osvaldo e termina
É o fim e é bom
bom se acabar assim

Bebeth

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Poemas da minha vida - Parte I

Leitor! Decidi postar por aqui os poemas que mais marcaram a minha vida. Começando agora:
A Valsa - Casimiro de Abreu
Tu, ontem,
Na dança
Que cansa,
Voavas
Co'as faces
Em rosas
Formosas
De vivo,
Lascivo
Carmim;
Na valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P'ra outro
Não eu!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
— Eu vi!...

Meu Deus!
Eras bela
Donzela,
Valsando,
Sorrindo,
Fugindo,
Qual silfo
Risonho
Que em sonho
Nos vem!
Mas esse
Sorriso
Tão liso
Que tinhas
Nos lábios
De rosa,
Formosa,
Tu davas,
Mandavas
A quem ?!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas,..
— Eu vi!...

Calado,
Sozinho,
Mesquinho,
Em zelos
Ardendo,
Eu vi-te
Correndo
Tão falsa
Na valsa
Veloz!
Eu triste
Vi tudo!

Mas mudo
Não tive
Nas galas
Das salas,
Nem falas,
Nem cantos,
Nem prantos,
Nem voz!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!

Quem dera
Que sintas!...
— Não negues
Não mintas...
— Eu vi!

Na valsa
Cansaste;
Ficaste
Prostrada,
Turbada!
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
Rosa
Mimosa
No vale
Do vento
Cruento
Batida,
Caída
Sem vida.
No chão!

Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!...
— Não negues,
Não mintas...
Eu vi!
----
Demais, não é mesmo? Aquele abraço, leitor!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O Vento.

Escrita faz tempo, numa noiteventania, quando tu ainda me tinha..


O vento remexe a vida,
traz de volta o que passou
e leva embora lembranças.
O vento, forte, arranca árvores, retorce galhos.
Suave, toca o rosto e traz paz.
Brisa, arrepia o corpo e penetra na alma,
acalma o coração.
O vento, ousado, faz voar os cabelos;
brincalhão, faz redemoinho nas folhas.
Move montanhas de areia,
desenha nas pedras.
O vento refresca, aumenta sensações.
O vento nas costas, subindo na nuca,
libera emoções.
O vento atinge, assobia nas janelas,
chama de mansinho.
Parece que acelera o tempo,
traz terra aos olhos e faz voar pipas.
O vento, sopro dos anjos, move teu barquinho.
O vento carrega, traz coisas novas.
O vento que movimenta as nuvens,
me guia.
E, por sorte do acaso,
o vento -que teima em me levar- me trouxe até ti.

Entrevista

Olha que interessante: O pessoal da Fabico, da minha turma, resolveu fazer algumas entrevistas para conhecer melhor os futuros colegas. Eis que eu fui a primeira entrevistada. Pintaram umas perguntas bem legais e acho válido postar as melhores por aqui. Para que tu, leitor, fiques me conhecendo melhor também. Foi, então?


O que te dá mais saudades de Bagé?
-Bah, eu sinto saudade de muita coisa! É super bom crescer no interior. Eu penso que o que mais me faz falta é ir pra fora nos finais de semana, o pátio da minha casa, a família que ainda tá lá, os amigos.. Eu tenho muita saudade da minha infância lá! Sinto falta dos momentos bons que eu passei em Bagé, praticamente toda minha vida né, mas eu tenho uma nostalgia boa só. Não passa pela minha cabeça voltar a morar lá. Eu amo Porto Alegre.

Você ja morou nos Estados Unidos? Em qual cidade? Conte-nos mais sobre..
-SIM! :) Eu morei um ano lá, fiz intercâmbio da metade de 2006 até a metade de 2007. Me formei lá na High School. Morei em Milford, Connecticut. Uma cidade trii pequena, mas super perto de NYC, Boston, Filadélfia e tal. Muito show! Foi uma experiência maravilhosa! Tipo, não foi nem um pouco fácil aprender a língua, viver em meio a uma cultura bem diferente, longe da família e dos amigos. Mas isso me ajudou muito a crescer como pessoa e lá acabei fazendo família e amigos tbm! Uma outra vida. E, claro, viajar é bom demais! Conhecer lugares novos é demaaaaais! Eu me apaixonei pelos Estados Unidos, sério. Sempre tive um preconceito, mas depois de morar lá mudou completamente. Lá tudo dá certo, funciona, é moderno, é bom. Tem vááárias pessoas estranhas, mas a maioria é legal. Engordei 10 kilos lá, a comida é muito boa. Outra coisa muito legal são os outros intercambistas que tu convive, um de cada canto do mundo, é muito divertido e interessante conviver com tanta gente diferente e ao mesmo tempo tão parecida! Foi ótimo, morro de saudades. Mas, certamente aprendi a dar muito mais valor à minha casa e às pessoas que eu amo! :)

Seguinte, tu certamente deve ter uma certa imagem de como é a fabico, as pessoas que lá estudam, as festas que lá rolam e tudo mais. Porém tu ainda tá só na expectativa...
Conte-nos um pouco mais sobre isso. O que espera encontrar por lá? O que espera que aconteça lá?
-Essa é complicada. Normalmente quase todo mundo tem algumas expectativas meio utópicas em relação a faculdade. Comigo é mais ou menos assim também. Eu imagino a Fabico como um lugar mágico, onde tudo acontece, tudo é liberado, a vida é linda e não há preconceito nem maldade no mundo. HAHAHHAHAHA. Não. Eu realmente só espero poder fazer valer cada segundo lá dentro durante os próximos 4 anos ou mais, aproveitando cada oportunidade, aula, festa, acontecimento absurdo o máximo. Eu espero que o curso de jornalismo seja mesmo o que eu quero pra minha vida. Espero que a faculdade ajude a moldar a profissional que eu quero ser no futuro e que sejam 4 anos inesquecíveis. Obviamente, também espero que aconteçam as melhores festas e loucuras, pq depois que tudo isso acabar, vamos ser gente grande de verdade. Sei lá, essa imagem que temos da fabico antes de estar lá, depende da gente mesmo ser ou não. Quero muito fazer da fabico tudo que eu espero. uhullllll

Razão ou emoção? O que te guia?
-Eu tento manter um equilíbrio com as duas. Mas na verdade, sou principalmente guiada pela emoção, mesmo. Eu sou meeega emotiva. Todos os meus atos mais verdadeiros foram guiados pela emoção, sem pensar antes. Na minha opinião pensar muito só complica as coisas, faz tu hesitar. E a hesitação acaba por te privar de sensações tri boas caso tu tivesse seguido em frente e não hesitado e, muitas vezes, desistido. Claro que tem se ser racional na maioria das vezes, mas sei lá, eu não penso e faço o que eu quero na hora. Eu vo atrás, eu faço, eu aproveito e depois eu penso.

O que é essencial na tua vida?
-Porra, eu sou tipo uma "amante". Eu AMO muito. Então, por causa disso, tem muita coisa essencial na minha vida: Minha família, a 20 minutos (minha tartaruga de estimação) e os meus amigos. É essencial muita calma e muita agitação. Muito livro e muita festa. Muita loucura e muita comida! É essencial essas coisinhas simples da vida que colocam um sorriso no meu rosto, isso é o principal.

Qual o teu maior ideal de vida?
-O maior ideal da minha vida é ter sempre algo em mente. A cada conquista, quero um novo desafio. Porque, ao meu ver, isso é o que nos mantém vivos. Tipo, se eu alcançar tudo o que eu quero, e aí? Perde a graça, não tem mais o que fazer. O importante é o caminho que leva à contretização do teu objetivo. Então isso é o que eu mais idealizo: ter sempre um objetivo na vida.

Um sentimento: Descreva-o.
-Aquele sentimento, que é como se fosse uma felicidade muito pura que tu sente quando tu finalmente tá ali, naquele lugar que tu mais queria estar. E tu pensa, pronto. To aqui. Mais perfeito não tem como. Agora é só aproveitar tudo pra nunca esquecer desse momento. Esse sentimento é o melhoooooor!!! Vale a pena todo sofrimento, só pra poder chegar a esse sentimento.

Como você acha que as pessoas vem você como pessoa??
-Bah certamente todo mundo me ve como uma pessoa que fala muito, super escandalosa e sem-vergonha na cara.

Gato ou cachorro?
-GATO. Sim, eu prefiro gatos. Não entendo pq vcs, a maioria, preferem os cachorros. Tipo, tá eu gosto de cachorros, super fofos e tal. Mas um gato.. um gato é diferente! É uma relação especial. Tu tem que conquistar o gato, ele tem que confiar em ti. E quando isso acontece, é super especial. Ele não vai te largar pelo primeiro que aparecer com um pedaço de comida ou sei lá o que como fazem os cachorros. Meu gato morreu faz anos já e minha mãe é uma dog-person então, no momento, não tenho nenhum. Convivo em grande harmonia com os cachorros da minha irmã, adoro. Mas prefito gatos! GATOS GATOS GATOS.

Pra ti, como é a festa perfeita?
-Boa!!! Então, no geral, festa boa pra mim depende da companhia, das pessoas que eu to. Mas, na minha cabeça, a festa perfeita seria:
Em um lugar parte fechado, parte patio coberto, com muito verde. Não muito grande, não muito lotado. Com uma iluminação bacana, mesinhas pra sentar e espaço pra dançar. Com uma banda num canto tocando clássicos nacionais e internacionais do rock e até do pop. Um reggae de vez enquanto, muita MPB e bossa nova. Tipo se alternassem entre uma bandinha reggae/rock e um cantor só com o violão e a MPB.. A cerveja seria polar. Teria tequila e muita caipirinha. Teria só gente legal, de bem com a vida, tudo liberado, numa nice. Poderia até rolar um pagode, só pro pessoal dançar. Mais ou menos isso, eu acho. My little night-paradise. haha

É feliz?
-A felicidade é relativa e vem em diferentes formas. No geral, eu me considero uma pessoa feliz sim. Mas esse "feliz" vem junto com as coisas boas e ruins da vida, faz parte de um todo. Como eu já disse, a gente precisa do sofrimento pra saber dar valor pra felicidade e essa felicidade não tá sempre comigo. Maaaas, eu tenho tudo o que eu preciso e vivo muito bem, portanto, feliz. :)

Bebeth em uma palavra?
-Intensidade.


Estão aí as que julgo mais interessantes. Amanhã parto pra Bagé, fazer uma visitinha depois de seis meses! O feriado promete...
Leitor, até mais, aquele abraço!

sábado, 25 de abril de 2009

Para Porto Alegre

Buenas e me espalho!
Então, eu tava por aqui lendo meus posts super antigos lá de 2006 e 2007 pensando como a minha vida era bem mais interessante "back then". Será? Ultimamente me encontro num estado de "limbo" esperando começar a faculdade, preenchendo meu tempo com aulas de francês e italiano, algumas -espaçadas- idas à academia e bom, dividindo os outros 87% do meu "free time" entre: Comer, dormir, assitir filmes, ler alguns livros, comer, ver os amigos, beber, dormir, assistir "Friends", comer, algumas festas, dormir, cinema, comer, cultura, comer, dormir, comer, dormir... é, eu sou o Garfield.
Eai, super interessante ou não? He,
Mas a realidade é que minha vida em Porto Alegre não tem como não ser super mega interessante, ao meu ver. Tche, eu amo Porto Alegre. Bagé que me perdoe, mas como diz a outra, Porto Alegre me tem. É necessário, então, um parágrafo demonstrando meu amor à essa cidade:
Oi, je t'aime, Porto Alegre. Pour quoi? Parce que tu tens o pôr-do-sol mais bonito do mundo. Porque tu és repleta de gente maravilhosa de todos os cantos do estado e do globo. Porque em cada rua, cada canto teu, tem um lugar especial, uma história pra contar. Porque tu nos conquista pouco a pouco, com uma feira do livro aqui, uma rua repleta de ipês florindo ali, um bairro aconchegante acolá. Porque tu tens o MARGS, o Iberê Camargo (o instituto), o Santander, a Usina do Gasômetro e o Memorial do RS. Porque tu tens a Redenção, o Parcão e o Marinha. Porque tu tens a zona sul, o bom fim e o moinhos de vento. Porque tu tens o Estádio Olímpico. Porque tu és a terra do Grêmio e até do Inter. Porque há o Saúde no Copo, a Lancheria do Parque, o Pastel com Borda, o Cavanhas, o Vermelho 23 e o Riversides Shikki. (Sim, eu amo comer.) Porque tu tens a Padre Chagas, a Lima e Silva, a República, a Borges, a Ramiro Barcelos, a Independência e a Osvaldo Aranha. Porque tu me possibilita caminhar pelo Bom Fim, num dia de domingo, comer um pastel na Fernandes e coisa e tal. Porque foi aqui que conheci algumas das pessoas mais importantes da minha vida. Porque tu exala cultura e tu és gaúcha, a nossa capital. Porque tu és a minha casa.


NOOOOOOOOSSA, chorei.

É, viver em Porto Alegre tornou a minha vida bem interessante, aqui tem muitas opções de lugares pra ir comer.
Hoje é sábado, vou ficando por aqui, que a cidade me espera.. (uui)

Até mais ver, leitor! Aquele abraço.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Meu primeiro "conto" em francês!

Oi. Versão 2009 bombando. Eu fiquei realmente emocionada com esse continho que escrevi para a minha aula de francês. Perdoem os erros de iniciante e se maravilhem com essa história sobre um rapaz, um velho e uma livraria. Au revoir!

P.S. depois eu posto novamente, quando for corrigido! --- VERSÃO CORRIGIDA



Il y avait dans une petite ville un garçon qui avait été abandonné par ses parents quant il avait huit ans. Il a vécu dans la rue pour quelques mois. Or, un jour, un vieux homme l'a rencontré et l'a aidé. Le vieux homme l'a conduit jusqu’à sa petite librairie. Le garçon a appris à lire et est tombè amoureux par la littérature. Il travailait tous les jours dans la librairie, le soir il dînait avec Monsieur Russeau –le vieux homme- et après il lisait quelque livre jusqu’à s'endormir. Il avait unne bonne vie. Monsieur Russeau disait que la vie davait être toujours belle, quand non, il y avait les livres. Le garçon a appris à prendre soin de toute la librairie. Celle ci a commencé à prospérer. Enfin, un bon jour, un ensoleillé jour, après treize ans, Monsieur Russeau a dit au garçon : « Tout est prêt. Il faut vivre avec amour. J’ai vécu. C’est ton tour, garçon. » et il est mort. Le garçon a pleuré beaucoup, non avec tristesse, mais avec bonheur et nostalgie, contant d'avoir les livres!

Ana Elizabeth