Aquele sentimento que é a plenitude da beleza, que completa totalmente a alma. Ápice do deleite.
Além da felicidade, apogeu. Íntimo, único e lírico. Máximo, lépido e épico. Eu quero.

domingo, 2 de setembro de 2012

Certains faits françaises

Donc, voilá! Estou na França. Nesses últimos 11 dias venho observando várias coisas. Não tive o tempo suficiente para anotar tudo que se passa na minha cabeça, mas alguns pequenos fatos ficaram marcados.

-Lyon é demais. A terceira maior cidade da França, que possui ruínas romanas e costumava ser a capital da antiga Gália, marcou com chave de ouro o início de mais uma história na minha vida. Ela é cortada por dois rios enormes, o Rhône (que dá nome a região Rhône-Alpes) e o Saône (a pronúncia é Sône). Os dois possuem margens de deixar o Puerto Madero com ciúmes. Tudo arborizado, lindo, limpo, com ciclovias, passagem para pedestres, bares, feiras e coisas boas. A cidade possui um sistema impecável de aluguel de bicicletas. Andamos por tudo lá só de bici. Super prático e delicioso. Em cada esquina ou margem de Lyon, a vista era de tirar o fôlego, especialmente no topo da colina onde fica a Basilique Notre Dame de Fourvière, talvez a atração principal da cidade. Ao pé da colina fica a Vieux Lyon, com suas ruelas apertadas e seus bares abarrotados de turistas, o que não deixa de ser uma coisa boa.

-Foi a primeira vez que fiquei tantos dias num hostel, foram 7 noites. O nosso Cool & Bed hotel for backpackers nos recebeu muito bem. O lugar era muito limpo, moderno e legal. Os hóspedes também. Tivemos a sorte de estar em Lyon durante uma super mega ultra conferência internacional de educação em medicina, então acabamos conhecendo vários estudantes que são médicos. Em especial nossos queridos amigos slovenos. Eram 3 estudantes da segunda maior universidade do país (que só tem duas). Inteligentes e super engraçados, as conversas com eles me relembraram de uma das melhores coisas de um intercâmbio: o intercâmbio. Aquelas conversas onde tu ri e aprende muito, onde tu conhece mais sobre um país que tu nunca tinha parado pra pensar, onde tu reflete sobre o teu próprio país, onde tu busca respostas para perguntas que tu nem imagina que poderiam existir, onde a troca de experiências é como fogos de artifício onde tem muita coisa pra captar, aprender e compartilhar. Show de bola. Conversa interessante assim também tivemos com nossa outra querida amiga de Barcelona, bem catalã e hipster assumida, Rosa. E graças a Conferência, também encontramos um gaúcho de Porto Alegre para nos lembrar um pouco das boas pessoas de POA. Lá também encontramos canadenses, um australiano, um turco, americanos and so on.

-Infelizmente e para o meu eterno prazer, falamos muito em inglês por lá. A maioria dos estrangeiros não falava muito bem francês, então sempre acabávamos na língua universal. Eu amo o francês, mas não adianta, não há nada como se expressar em inglês. Em compensação, me virei bem no francês, eu acho. Conseguia entender 97% das frases, só na hora de responder eu me atrapalhava toda (ainda me atrapalho).

-Achei os franceses muito educados. Nenhum nos negou informação alguma. Penso que o fato de sempre nos dirigirmos a eles em francês ajudou bastante. Em Lyon, pelo menos, não conheci nenhum francês muito fedorento. Os franceses carregam seus bebês de formas muito interessantes. Quase não se vê carrinho regular de crianças por aqui. Os pais carregam seus filhotes em bolsas nas costas, no peito, na cintura... em tudo que é lugar. O mais divertido é que, impressionantemente, não vi nenhum bebê chorando enquanto passeavam nessas estranhas posições. Todos iam muito tranquilos montados nos seus pais, coisas mais bonitinhas. Imagino minha irmã carregando meu sobrinho Henrique numa bolsa embaixo do braço, risos.

-Convivendo com o Marcel e a Natasha, marinheiros de primeira viagem em viagens longas (risos), pude refletir muito sobre as minhas experiências. Ver no olhar dos meus amigos a descoberta do início de uma vida de intercambista, com toda cultura, felicidade e aprendizado que só um intercâmbio pode proporcionar, foi show de bola. Vi nascer neles o encanto que a troca de experiências proporciona e vi que essa sensação única que só um intercambista, ou um viajante sente, é a mesma (apesar de única em cada momento) não importa quantas vezes se faça isso.

-Hoje foi (já) o meu quarto dia em Grenoble. Tenho MUITA coisa a dizer sobre as primeiras impressões da minha nova vida francesa em Gre. Mas agora to cansada, fica pra amanhã (ou depois).