A
Universidade de decepcionou de diferentes maneiras. Mas, de qualquer
forma, ela me deu o presente mais importante para a minha evolução: a
possibilidade de ver o mundo com a mente e coração abertos. Em 3 anos de
UFRGS, conversei, escutei, refleti, imaginei, pensei, parei para
observar tudo o que se passava ao meu redor, e não só o que acontecia na
província. Eu viajei, eu cresci, eu aprendi e, eu mudei. Hoje ainda não
quero estar presa no eterno mundo dualista direto e esquerdo. Mas sei
onde me encontro e onde quero estar.
Estou junto dos meus amigos que, indignados e sem mais paciência de assistir sentados frente à televisão os acontecimentos do mundo, resolveram colocar a mão na massa. Tenho, junto com eles, uma publicação independente. Feita completamente sem recursos, sem dinheiro, ela mal consegue sobreviver. Mas ela vive, há mais de um ano, com paixão, com orgulho, com luta, com a ajuda das histórias que precisam ser contadas, com as lições do passado, com o questionamento dos dias atuais, com a eterna reflexão das circunstâncias e com o sonho querido de fazer um jornalismo baseado na verdade e na verdade do povo, perto das pessoas como a gente, longe de toda opressão das organizações que beneficiam somente alguns poucos privilegiados.
Nunca pensei que iria precisar parar e escrever sobre esse assunto. Hoje estou longe de Porto Alegre, mas o que está acontecendo lá me afeta completamente. Quem me conhece, sabe. Eu respiro cultura, em todos os sentidos. Já nem sei quantas vezes escrevi essa frase. Aprender línguas, conhecer pessoas diferentes, apreciar a arte, viver experiências que valham a pena e que as minhas histórias possam tocar as outras pessoas, isso é o principal na minha existência.
Hoje vejo Porto Alegre, a cidade que me recebeu de braços abertos e me ajudou a evoluir tanto, machucada. A cidade, tão ativa culturalmente, está sendo afastada da sua forma mais pura da cultura, a do povo. Demorei muito para aprender o real significado dessa palavra, povo, até, finalmente, eu me dar conta que eu também sou o povo. Então hoje me sinto responsável por mim mesma, e pelos meus irmãos, todos sendo afetados pelos últimos acontecimentos em Porto Alegre.
Ontem o povo votou. A maioria segue enraizada nos princípios arcáicos das grandes organizações e com o eterno medo de mudar. Mas eu não escrevi até aqui para falar sobre isso.
Semana passada o povo resistiu em Porto Alegre. Esse vídeo em anexo mostra um pouco do que está acontecendo na cidade. É estranha essa ironia de que nos piores momentos, nascem as melhores iniciativas. A resistência a favor da cultura livre vive em Porto Alegre, e cresce a cada dia.
Sinto muito orgulho de ver a vontade de mudança aumentar nos coletivos, nas manifestações, nas iniciativas independentes como a Defesa Pública da Alegria, como o Jornal Tabaré, como o Cidade Baixa em Alta e tantos outros. Sinto orgulho de estar fazendo parte disso, com a Revista Bastião. Fico ainda mais feliz pessoalmente, de me ver refletindo sobre todos esses aspectos e sentir que, apesar do longo caminho que ainda preciso traçar, e todas as coisas que ainda preciso aprender, continuo evoluindo e aprendendo constantemente. (Obrigada amigos e todos aqueles que me fazem pensar.)
Apesar dos resultados das eleições, Porto Alegre ainda respira, ainda encontra esperança na expressão cultural mais pura, mais alegre, mais poderosa que existe, a alegria.
Estou junto dos meus amigos que, indignados e sem mais paciência de assistir sentados frente à televisão os acontecimentos do mundo, resolveram colocar a mão na massa. Tenho, junto com eles, uma publicação independente. Feita completamente sem recursos, sem dinheiro, ela mal consegue sobreviver. Mas ela vive, há mais de um ano, com paixão, com orgulho, com luta, com a ajuda das histórias que precisam ser contadas, com as lições do passado, com o questionamento dos dias atuais, com a eterna reflexão das circunstâncias e com o sonho querido de fazer um jornalismo baseado na verdade e na verdade do povo, perto das pessoas como a gente, longe de toda opressão das organizações que beneficiam somente alguns poucos privilegiados.
Nunca pensei que iria precisar parar e escrever sobre esse assunto. Hoje estou longe de Porto Alegre, mas o que está acontecendo lá me afeta completamente. Quem me conhece, sabe. Eu respiro cultura, em todos os sentidos. Já nem sei quantas vezes escrevi essa frase. Aprender línguas, conhecer pessoas diferentes, apreciar a arte, viver experiências que valham a pena e que as minhas histórias possam tocar as outras pessoas, isso é o principal na minha existência.
Hoje vejo Porto Alegre, a cidade que me recebeu de braços abertos e me ajudou a evoluir tanto, machucada. A cidade, tão ativa culturalmente, está sendo afastada da sua forma mais pura da cultura, a do povo. Demorei muito para aprender o real significado dessa palavra, povo, até, finalmente, eu me dar conta que eu também sou o povo. Então hoje me sinto responsável por mim mesma, e pelos meus irmãos, todos sendo afetados pelos últimos acontecimentos em Porto Alegre.
Ontem o povo votou. A maioria segue enraizada nos princípios arcáicos das grandes organizações e com o eterno medo de mudar. Mas eu não escrevi até aqui para falar sobre isso.
Semana passada o povo resistiu em Porto Alegre. Esse vídeo em anexo mostra um pouco do que está acontecendo na cidade. É estranha essa ironia de que nos piores momentos, nascem as melhores iniciativas. A resistência a favor da cultura livre vive em Porto Alegre, e cresce a cada dia.
Sinto muito orgulho de ver a vontade de mudança aumentar nos coletivos, nas manifestações, nas iniciativas independentes como a Defesa Pública da Alegria, como o Jornal Tabaré, como o Cidade Baixa em Alta e tantos outros. Sinto orgulho de estar fazendo parte disso, com a Revista Bastião. Fico ainda mais feliz pessoalmente, de me ver refletindo sobre todos esses aspectos e sentir que, apesar do longo caminho que ainda preciso traçar, e todas as coisas que ainda preciso aprender, continuo evoluindo e aprendendo constantemente. (Obrigada amigos e todos aqueles que me fazem pensar.)
Apesar dos resultados das eleições, Porto Alegre ainda respira, ainda encontra esperança na expressão cultural mais pura, mais alegre, mais poderosa que existe, a alegria.