Eis a cena que se passa em frente aos meus olhos e à minha alma.
Qualquer um poderia pensar numa cena de guerra, dirigida por Coppola, vinda direto de Apocalypse Now. Seria um equívoco, mesmo ela possuindo um ferimento fundo, vermelho vivo, aberto abruptamente em segundos. Seu peito aparece estilhaçado e ela, estupefata, mal consegue respirar. Essa cena se repete várias vezes, até no mesmo dia. Me pergunto o porquê da extrema violência. Mal sei eu, ao vê-la naquele estado, que está feliz. Ora, quem supõe que viver um romance é fácil? Cada vez que o vê, seu coração salta de maneira tão feroz e, como um imã, é puxado em direção a ele. Simples, dessa maneira tão ferrenha. É sempre uma batalha para trazê-lo de volta. O suficiente vem, mas um bocado significante de seu coração sempre segue com ele. A sensação é de completa impotência. Ela o pertence por inteiro, não há o que fazer. Resta a esperança de que ele cuide daquele frágil e louco coração que é capaz de protagonizar tal cena, que chega a assustar meus olhos e minha alma pela tamanha paixão que carrega.
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