Aquele sentimento que é a plenitude da beleza, que completa totalmente a alma. Ápice do deleite.
Além da felicidade, apogeu. Íntimo, único e lírico. Máximo, lépido e épico. Eu quero.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Reflexões de uma mochila

Eu ainda estou tonta. Abalada de ter voltado à realidade, de ter acordado do meu sonho. Não messo palavras para dizer que vivi um sonho. Estou atordoada, tentando digerir os momentos, os instantes que alcancei meus objetivos, que beirei a perfeição da felicidade, da intensidade, da plenitude da alma, de fato. Pode parecer exagero, mas uma alma intensa, que anseia por conhecimento, poesia e cultura, vibra a cada minuto, a cada passo com 15 quilos nas costas, a cada encontro com um novo povo, novos lugares, novas paisagens, novo clima, novas pessoas, novas almas em busca de um mesmo objetivo: saciar a sede de tudo, de colocar uma mochila nas costas e viver o mundo, viver o tudo, toda hora. Penso no que escreveriam aqueles grandes poetas que leio, que me inspiram, ao presenciarem o que eu vivi. A imensidão do sagrado Titicaca, o poder do Vale também Sagrado, a imponência do Cañon del Colca, o infinito do salar de Uyuni, a magnitude do deserto de Salvador Dalí e o encanto dos anjos que encontrei por aí. Nós, andarilhos pela América do Sul querendo mais e mais. Nunca imaginei as consequências dessa viagem e agora no conforto do meu próprio quarto me sinto mais longe de casa do que nunca. Por fim, deixo uma frase que nos acompanhou durante todo trajeto, dita por outro mochileiro descendo o Chacaltaya: "o que importa no caminho é a pedra."

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